Com a gestão do PSDB de Fantin e Hirota, a cidade perdeu, ao mesmo tempo, os dois museus que tinha. Ainda pior, ao fechar um, a gestão do PSDB transformou o outro museu em depósito do museu fechado, fechando, assim, os dois museus "numa taca só". Uma ação de mestre.
A gestão de Fantin e Hirota (PSDB) na Prefeitura de Registro teve a proeza de fechar os dois museus da cidade: o Museu da Imigração Japonesa e
a Casa da Cultura Ribeirinha
O Museu da Imigração Japonesa, que se encontrava no Complexo KKKK, teve que dar espaço ao SESC e foi removido do Local.
Por sua vez, a Casa da Cultura Ribeirinha Jerônymo Monteiro Lopes foi fechada para, literalmente, virar um depósito do Museu da Imigração Japonesa.
Casa antes da reforma realizada com os recursos alocados pelo então deputado Simão Pedro e a Prefeita Sandra Kennedy |
A Casa da Cultura Ribeirinha foi inaugurada em 2011, na gestão de Sandra Kennedy como prefeita. Foi o resultado de um recurso de R$ 125 mil, articulado pelo então deputado estadual Simão Pedro, para a reforma do local, e de verbas próprias da Prefeitura de Registro.
Casa da Cultura Ribeirinha com a reforma quase terminada. |
O nome escolhido para a Casa foi em homenagem ao médico Jerônymo Monteiro Lopes, que morou em Registro, no período de 1930 e 1965, e é considerado um dos primeiros médicos negros do estado de São Paulo e o primeiro de Registro. Ele exerceu a profissão no Vale do Ribeira realizando um importante trabalho na saúde da população da Região.
A Casa da Cultura, que ficava às margens do Rio Ribeira foi reformada pela Prefeitura de Registro e construída pelo Dr. Jerônymo, onde viveu por mais de 20 anos. As primeiras exposições previstas no local foram: a cultura ribeirinha, o museu do Fandango, a vida do músico Laurindo de Almeida, a história do Porto de Registro, lendas do Vale entre outras. Em agosto de 2011 já tiveram lutar as primeiras atrações: as oficinas de desenho artístico, no mesmo espaço onde acontecem os ensaios do Grupo de Viola Raízes do Ribeira.
Se por um lado, se buscaram alternativas para a construção de um Memorial da Cultura Japonesa, por outro lado, não foi feito nenhum movimento para resgatar e/ou transferir a Casa da Cultura Ribeirinha para uma outra localidade da cidade.
Essa atitude mostra o completo elitismo presente na gestão do PSDB de Gilson Fantin e Nilton Hirota, que, literalmente, escolhe as parcelas da população que a Cultura deve prestigiar em detrimento de outras.
Fechar a Casa da Cultura Ribeirinha é uma provocação com os quilombolas, com os caiçaras, com os caboclos, com os indígenas, em geral, com os povos que convencionamos chamar "ribeirinhas" e que, historicamente, foram oprimidos e excluídos da sociedade local e brasileira.
PSDB sai, Cultura Ribeirinha Fica.