Em entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta terça-feira, o Promotor da Infância e Juventude de Porto Alegre, Júlio Almeida, afirmou que "não há nenhuma referência à pedofilia" na exposição "Queermuseu", encerrada pelo Santander Cultural no último domingo.
A declaração de Júlio Almeida desmente a afirmação do vereador Cristiano Oliveira (PSDB), feita na última segunda-feira (11/09/2017), na sessão da Câmara Municipal de Registro. Na ocasião, o vereador tucano afirmou que estava de acordo com o fechamento do "Queermuseu", porque ele estimula, dentre outras práticas a pedofilia.
Ao contrário de Cristiano Oliveira, que se baseou em falsas informações divulgadas na internet por um grupo reacionário, que apoiou o ex-deputado e hoje preso Eduardo Cunha, o promotor Júlio Almeida e a coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Família e Sucessões, Denise Villela, visitaram o espaço localizado no Centro de Porto Alegre na segunda-feira e obtiveram acesso a todo o material da mostra que tem curadoria de Gaudêncio Fidelis.
Segundo o Promotor de Justiça, "Pedofilia, por definição legal, é a utilização de criança e adolescente em cena de sexo explícito, reprodução de sexo explícito ou simulação de sexo explícito, ou ainda a exposição de genitália de criança e adolescente. Isso não existe na exposição. Pedofilia não acontece".
Esperamos que o vereador Cristiano Oliveira (PSDB) estude as questões antes de fazer pronunciamos públicos sobre questões importantes, como é a Arte e a Cultura em nosso país, principalmente, sobre o fechamento de uma exposição em um Museu, dado que o mesmo já foi Secretário de Cultura.
É imperdoável a reprodução, na íntegra, de conteúdos produzidos pelo grupo MBL, tendenciosos e que estimulam a cultura de intolerância e agressão na sociedade brasileira.
RETRATE-SE CRISTIANO!
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