O Professor de História, Claudio Vieira Pinto, atualmente lecionando na EEBP Fundação Bradesco e na ETEC de Registro, lançou, neste ano, o seu quarto livro, que segue na linha da análise do Cinema de Animação como estratégia e recurso didático-pedagógico para entender e analisar, entre várias dimensões possível, principalmente, as intenções e influência dos contextos históricos do Cinema de Animação. Claudio afirma a importância de
"Analisar o cinema a partir de seu contexto histórico e social faz desta arte uma importante ferramenta de educação escolar e propõe um olhar além da tela, com profundidade e construção crítica".
O primeiro livro de Claudio Pinto foi "Trabalho e Capitalismo Global: o mundo do trabalho através do Cinema de Animação". Neste livro, Claudio lançou-se no dinâmico e complexo esforço de utilizar o Cinema de Animação como ferramenta pedagógica para entender o mundo do trabalho.
Junto com seus alunos, analisou as tendências do mundo do trabalho, a relação Escola, TV e Cinema, para, assim, chegar no Mundo dos Desenhos Animados e na análise concreta de, neste primeiro livro, três animações ("Toy Story", "FormiguinhaZ" e "Vida de Inseto").
Em seu segundo livro, "Trabalho e Capitalismo Global: o mundo do trabalho através do Cinema de Animação, Volume 2", Claudio prosseguiu o esforço inicial, com a análise de mais quatros animações: "A fuga das galinhas", "Monstros S.A"; "Os sem-floresta" e "Ratatuille". Esses dois volumes trouxeram a tona a discussão de método - o cinema e a TV como ferramentas pedagógicas a serem exploradas para a compreensão do mundo, especialmente do mundo do trabalho - e a discussão de fundo, as ilusões, as intenções e os contextos nos quais são produzidos as obras de animação, consideradas como um pré-texto.
No seu terceiro livro, "Explorer: o mundo adolescente na sociedade atual - mídia, consumismo e movimentos sociais", Claudio Vieira Pinto ampliou a discussão de fundo - a compreensão do mundo do trabalho - a partir de uma robusta e palpável discussão do papel da tecnologia, da relação entre o capitalismo e a produção de inovações e trabalhando com as questões atuais presentes na sala de aula, como o bullying, sem deixar - conforme tem se mostrado uma marca própria de Claudio - de abordar as questões contemporâneas, que no terceiro livro, vieram da análise das "primaveras jovens, os indignados e suas mensagens".
Para Cláudio "o uso do cinema de animação como prática educativa, de análise de realidade e, portanto, de superação dos modelos formativos tradicionais e a partir da práxis abrir caminhos possíveis que conduzam a ações experimentais de emancipação humana".
Em resumo, neste livro, o professor Claudio veio à público mostrar que a escola e as estratégias pedagógicas têm que entender os dilemas dos adolescentes - seu público alvo - e dar conta de fazê-lo de maneira interessante, profunda e aproveitando-se dos contextos dos adolescentes fora das paredes da sala de aula. É um chamado para inovação didática afim de entender e comunicar-se com os adolescentes a partir do entendimento do papel da tecnologia e das novas mídias sociais, num exercício que combina inovação didática, autonomia do educando, criticidade.
E por último, em seu último livro "Desenhos Animados: olhar além da Tela", Claudio sintetiza seus estudos sobre origens e desenvolvimento do Cinema de Animação, reforçando e legitimando a sua tese da intrínseca correlação entre contexto histórico, conjuntura e estrutura internacional e o Cinema de Animação. É o gran finale de Claudio para que, sem nenhum resquício de dúvida, seja apontado como um inovador nas estratégias pedagógicas de ensino e pesquisa da atualidade a partir da Tela do Cinema de Animação.
Portanto, nas análises de Cláudio, encontramos a ideia - necessária e atual - de que a obra fílmica é um pré-texto (pretexto!) para os estudantes entenderem a sua realidade, tomarem o gosto pela pesquisa, leitura e reflexão e "ter clareza dos passos a trilhar no mundo atual para propor mudanças necessárias e, assim, trilhar a construção de cidadãos mais críticos e reflexivos".
Com informações de http://sociologia.uol.com.br/animacoes-como-recurso-didatico/.