terça-feira, 31 de julho de 2018

Professores Voluntários organizam Curso Gratuito para Concurso da Prefeitura de Registro. Matrículas nos dias 02, 03 e 04 de Agosto


O Instituto para o Desenvolvimento Sustentável e Cidadania do Vale do Ribeira (IDESC), com o apoio da  Comunidade Católica Nossa Senhora das Graças oferecerá, de 07/08 a 13/09 o "Cursinho Social Para o Concurso da Prefeitura de Registro". As aulas serão sempre às terças, quartas e quintas, das 19h às 22h.

As matrículas ocorrerão nos dias 02/08 e 03/08 (das 19h às 20h30) e 04/08 (das 15h às 17h30), na Igreja Católica da Vila Nova. Os documentos necessários para a matrícula são: RG, CPF e Comprovante de Renda (que pode ser demonstrada com cartão CADUnico
Carteira de trabalho, Declaração de Renda Informal, entre outros).

São 5 professores voluntários (2 em Matemática, 1 em Português, 1 em Noções de Informática e 1 em Atualidades) que lecionarão 4 matérias: Português, Matemática, Noções de Informática e Atualidades. As vagas são limitadas e serão privilegiadas as pessoas com baixa renda. 

Segundo os realizadores, o Cursinho pretende ser um espaço de ensino que contemple os conteúdos exigidos no referido concurso para as pessoas com baixa renda, especialmente os moradores da Vila Nova e da região ao redor, que, como se sabe, são vítimas da exclusão permanente, inclusive, pelo simples fato de morar ali. "A realização do Curso na Vila Nova é uma opção pedagógica pelos excluídos e marginalizados da nossa cidade, tão massacrados pela exclusão social", afirma o professor Jefferson Pecori Viana.

O espaço foi cedido pela Comunidade Católica Nossa Senhora das Graças e pode receber até 40, talvez 50 alunos, o que significa que se poderá abrir até duas turmas. O IDESC auxilia com os materiais para-didáticos (data-show, notebook, impressões, apostila-modelo) e com ajuda das passagens de ônibus para os professores.

O IDESC, sob a direção de Claudio Garrafão, é o organizador. E a Comunidade Católica Nossa Senhora das Graças, cujo coordenador é o Sr. Eraldo, é apoiadora do projeto.

Futuramente, segundo Jefferson, o IDESC  está disposto a topar um projeto ainda mais ambicioso: Um Pré Vestibular Comunitário e Gratuito, "não sabemos se para esse ano ainda será possível, provavelmente não, mas estamos trabalhando para que, no ano que vem, esse sonho se torne realidade", afirma.

Os professores do Cursinho são: Giovanna Azevedo, Jefferson Pecori Viana, Patrick Gustavo, Ronaldo Ribeiro e Raul Calazans. 

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Trabalho Escravo gerou R$ 500 mil para campanha de Samuel Moreira (PSDB)



Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral - que podem ser consultados em seu site na internet. Na eleição de 2014, Samuel Moreira (PSDB) foi o deputado federal que mais recebeu dinheiro de empresas flagradas utilizando mão de obra análoga à escrava, foram R$ 500 mil. 

Sozinho, o tucano do Vale do Ribeira representa 15% do total de doações recebidas de empresas autuadas por utilização de trabalho escravo. 



Samuel Moreira recebeu 500 mil da construtora Tratenge Engenharia Ltda. 


A Tratenge foi autuada pelo Ministério Público do Trabalho e Emprego, flagrada utilizado trabalho escravo em suas obras, como se pode comprovar no "Relatório de Fiscalização" que tivemos acesso, que tratou da utilização de trabalho escravo na obra do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora:

"Nesse caso, foram resgatados 28 trabalhadores que estão em condições de escravidão. Dentre outras características que comprovaram a condição de escravidão, foram comprovadas: i) alojamento em condições degradantes; ii) terceirização ilícita de mão de obra com indicativo de fraude; iii) inexistência de certidão declaratória; iv) aliciamento de mão de obra com transporte irregular dos trabalhadores; v) pagamento "por fora" indicativo de sonegação previdenciária, caixa dois, com retenção de parte da remuneração; vi) restrição do direito de ir e vir; vii) atos discriminatórios praticados contra os trabalhadores aliciados".


No total, 51 dos 513 parlamentares eleitos receberam um total de R$ 3,5 milhões de empresas que estão ou estiveram presentes nos cadastros de empregadores autuados pelo crime.  Isso significa que, ao menos um em cada dez deputados federais teve parte de sua campanha financiada por empresas flagradas utilizando mão de obra análoga à escrava. 


Fontes: Veja a reportagem do UOL
Ver Relatório Completo do Ministério Público 

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Samuel Moreira defende lei que aumentará Preço dos Combustíveis e do Gás


Samuel Moreira (PSDB) já tinha feito duras críticas aos caminhoneiros em greve (relembre, clique aqui). Pois agora, como se já não bastasse o PSDB ter apoiado a política de aumento preços de Temer, Samuel Moreira propõs vender mais petróleo para empresas multinacionais, o que levará ao aumento do preço dos combustíveis. 

No dia 19/06/2018, na discussão do Projeto de Lei nº 8.939, a respeito da permissão à empresa Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS para privatizar áreas contratadas no regime de cessão onerosa, Samuel Moreira afirmou "Nós estamos dando à empresa autorização para que faça concessão de até 70% do [petróleo] que tem". Samuel Moreira ou não entende nada sobre a matéria de recursos petrolíferos ou está completamente submetido aos interesses das empresas estrangeiras, que querem roubar nosso petrólleo. 

A consequência, que Samuel Moreira omite em seu discurso, é que se privatizar o petróleo brasileiro, a volatilidade de preços vai aumentar, pois a lógica de preços do agente privado não calcula o que é melhor para o país, mas o que é melhor para eles mesmo. Além do mais, Temer e o PSDB estão vendendo nossos poços do pré-sal em um momento em que o petróleo está valorizando, ou seja, estamos entregando riquezas para o interesse estrangeiro, na hora em que poderíamos estar acumulando recursos para melhorar o país. 

Portanto, um dos principais impactos da privatização para a população é o aumento do preço dos combustíveis, que por sua vez, provoca um efeito cascata em sucessivos aumentos dos preços do gás e da gasolina, disparados de acordo com as novas políticas de preços da Petrobras, impactando diretamente na economia doméstica, especialmente em um momento de crescimento do desemprego e do subemprego. Uma das consequências das privatizações já realizadas é que milhões de brasileiros estão sendo obrigados a usarem lenha e carvão para cozinhar.

Está muito claro, então, que o Deputado Federal do PSDB, Samuel Moreira, omite o fato de que a entrega de poços, plataformas e gasodutos para multinacionais abaixo do preço do mercado e, já provoca e aumentará as seguintes consequências nefastas:

1) diminuição da capacidade de o governo brasileiro ter controle sobre seus preços;

2) com a produção de gasolina, diesel e gás de cozinha nas mãos de empresas estrangeiras, o preço desses produtos pode ser reajustado conforme interesses internacionais;

3) geração de empregos e tecnologia nacional; até o momento, a política de privatização de Temer e do PSDB já provocou a demissão de 3 milhões de trabalhadores nas indústrias da cadeia do petróleo e; 

4) sequestro do dinheiro do Pré-Sal para o desenvolvimento da Educação e Saúde. 

Samuel Moreira ignora que a maioria da população defende controle de valores de combustíveis mesmo que cause prejuízo à estatal, como comprovou a pesquisa Datafolha realizada após a greve dos caminhoneiros, na qual se observou que 68% da população se opõe à atual política de preços da Petrobras, que reajusta os valores conforme as variações dos combustíveis no mercado externo. 

É preciso impedir que Samuel Moreira siga Deputado nessas eleições. Fazer isso, é reverter essa lógica privatista, tanto na política de preços quanto na venda: quanto menos deputados do PSDB forem eleitos, mas os preços dos combustíveis poderão cair. 

terça-feira, 3 de julho de 2018

Fantin deixará crianças sem uniforme por mais um inverno: novas provas do envolvimento por corrupção nas licitações de 2017 e 2018

Foto: Reprodução/TV Tribuna

Foram apresentados novos indícios da participação das empresas investigadas pela Polícia Federal (PF) por crimes na licitação de uniforme escolar. A investigação revela que, além dos contratos de 2014 a 2016, há novos indícios de corrupção na licitação de uniformes escolar de 2017 e 2018.

Em sua investigação, a vereadora Sandra Kennedy trilhou o caminho deixado pela Operação Prato Feito em Registro e constatou que, as empresas relacionadas aos familiares de Carlos Zeli Carvalho, o “Carlinhos”, principal acusado de corrupção nos contratos de uniforme escolar, também atuaram na licitação dos uniformes de 2017 e 2018. Na Prefeitura de Registro, Gilson Fantin, Luciano Miyashita (ex-chefe de gabinete e ex-secretário de administração) e Simone Patrícia (ex-secretária de educação) foram acusados de participarem dos esquemas de corrupção nos contratos de uniforme escolares.

Em 2017, a aquisição de uniformes da Prefeitura Registro foi realizada por meio do pregão presencial, pelo resultado, tanto no caso dos uniformes da Educação Infantil, como no da Educação Fundamental, as empresas relacionadas aos familiares de "Carlinhos", que são a empresa Reverson a empresa UNIMESC, foram classificadas como "não selecionadas". No entanto, as empresas vencedoras – que estavam fora do esquema de corrupção – foram desclassificadas, mesmo seus preços para a confecção dos uniformes chegando a ser R$ 1,3 milhão menor que as empresas que orbitavam em torno de "Carlinhos".

A justificativa da gestão de Gilson Fantin foi que as amostras do uniforme não atendiam as exigências da licitação. O então Secretário Administração, Luciano Miyashita, também desclassificou as 2ªs colocadas, com a mesma justifica de que os uniformes não atendiam aos padrões técnicos. Sandra destacou, nesse caso, “o incomum fato dos representantes das empresas não selecionadas – os intermediários de "Carlinhos" – estarem presentes nas sessões de julgamento técnico”.

Como resultado, em 2017, não houve entrega de uniformes escolares para as crianças da rede municipal de ensino. Os novos indícios apresentados mostram que a não entrega dos uniformes escolares pode ter relação com o não beneficiamento das empresas relacionadas ao esquema de corrupção de "Carlinhos" com a Prefeitura de Registro.

No ano de 2018, a Prefeitura de Registro classificou como vencedora da licitação dos uniformes escolares, realizada por meio pregão eletrônico, a empresa Trynivest. Sandra demonstrou que o dono da empresa Trynivest é irmão de “Carlinhos”, mantendo assim, a mesma lógica de corrupção apontada pela PF para os anos de 2015, 2016 e 2017. Além disso, o Tribunal de Contas havia notificado a Prefeitura de Registro sobre a inidoneidade da Empresa Trynivest.

Sandra Kennedy encaminhou sua investigação para a Comissão Especial de Inquérito (CEI), que foi aprovada no dia 14/05/2018. Sandra é uma das parlamentares que solicitou o afastamento imediato do Prefeito Gilson Fantin durante as investigações, para, dentre outras possibilidades, evitar a destruição de provas e intimidação de testemunhas

O asfalto e a dívida política de Fantin com Samuel: a velha tática para conseguir votos em ano de eleição


População revoltada com asfalto apenas em ano de eleição

População questiona o fato das obras serem realizadas, em sua maioria, no ano das eleições. Chegam "cartinhas" em nome do Fantin e de vários deputados, entre eles, e principalmente, Samuel Moreira. É legal, é moral, é uma postura correta da administração pública com os recursos provenientes dos impostos da população? 

A qualidade do asfalto, as razões ocultas pelas quais uns bairros são escolhidos e outros não  e os quase 8 anos sem asfalto e iluminação da entrada do Instituto Federal são outras questões levantadas pelos registrenses. 

Sobre a relação de Samuel Moreira com Fantin

Uma coisa é fato consumado: a relação de apoio de Samuel Moreira à Gilson Fantin mudou drasticamente após a ação da Polícia Federal na Prefeitura de Registro. Samuel tenta descolar, a todo custo, sua imagem da de Fantin. 

De aliado incondicional, Fantin passou a ser um ator descartado no jogo político de Samuel Moreira. No entanto, Fantin parece querer pagar sua dívida política com o deputado tucano: Samuel foi o responsável direto pela eleição e reeleição de Gilson Fantin. 

A velha tática "asfalto-voto"

Numa tentativa para ganhar projeção e angariar mais apoio para a reeleição de Samuel Moreira, Gilson Fantin resolveu utilizar uma fórmula conhecida da política: a relação asfalto-voto. Nos últimos dias as pessoas têm verificado um momento que foi incomum nos 3 anos passados em Registro: a velocidade em que se estão operando as obras de pavimentação. 

A pavimentação em anos de eleição está inserido na velha tática "asfalto-voto". Mas, ao que tudo indica, a população não aceitará essa lógica dessa vez. Fantin aumentou as ações de recapeamento e tapa-buraco de ruas dentro do município, um dos muitos gargalos da prefeitura de Registro.

E essa estratégia reproduz a lógica que o governador impôs a todo o Estado de SP, pois, não é apenas na cidade de Registro, por exemplo, o atual governador Márcio França (vice de Geraldo Alckmin), já assinou R$ 286 milhões em convênios de pavimentação, um aumento de 201% com relação à todo o ano passado.

Não trocaremos nossos votos por asfalto!