quinta-feira, 5 de julho de 2018

Trabalho Escravo gerou R$ 500 mil para campanha de Samuel Moreira (PSDB)



Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral - que podem ser consultados em seu site na internet. Na eleição de 2014, Samuel Moreira (PSDB) foi o deputado federal que mais recebeu dinheiro de empresas flagradas utilizando mão de obra análoga à escrava, foram R$ 500 mil. 

Sozinho, o tucano do Vale do Ribeira representa 15% do total de doações recebidas de empresas autuadas por utilização de trabalho escravo. 



Samuel Moreira recebeu 500 mil da construtora Tratenge Engenharia Ltda. 


A Tratenge foi autuada pelo Ministério Público do Trabalho e Emprego, flagrada utilizado trabalho escravo em suas obras, como se pode comprovar no "Relatório de Fiscalização" que tivemos acesso, que tratou da utilização de trabalho escravo na obra do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora:

"Nesse caso, foram resgatados 28 trabalhadores que estão em condições de escravidão. Dentre outras características que comprovaram a condição de escravidão, foram comprovadas: i) alojamento em condições degradantes; ii) terceirização ilícita de mão de obra com indicativo de fraude; iii) inexistência de certidão declaratória; iv) aliciamento de mão de obra com transporte irregular dos trabalhadores; v) pagamento "por fora" indicativo de sonegação previdenciária, caixa dois, com retenção de parte da remuneração; vi) restrição do direito de ir e vir; vii) atos discriminatórios praticados contra os trabalhadores aliciados".


No total, 51 dos 513 parlamentares eleitos receberam um total de R$ 3,5 milhões de empresas que estão ou estiveram presentes nos cadastros de empregadores autuados pelo crime.  Isso significa que, ao menos um em cada dez deputados federais teve parte de sua campanha financiada por empresas flagradas utilizando mão de obra análoga à escrava. 


Fontes: Veja a reportagem do UOL
Ver Relatório Completo do Ministério Público