Neste último sábado (13/01), ocorreu, na Vila São Francisco, em Registro/SP, o lançamento do Comitê do Vale do Ribeira em Defesa da Democracia e do Direito de Lula ser Candidato.
A inauguração do Comitê contou com a presença de inúmeros movimentos sociais, organizações sindicais, profissionais liberais, representantes religiosos, partidos políticos, associações de moradores de bairros e ativistas de várias lutas sociais de Registro, Cajati, Jacupiranga, Eldorado, Sete Barras, Pedro de Toledo, Iguape, Pariquera-Açu e Juquiá.
Também estiveram presentes o ex-deputado estadual Simão Pedro e a ex-prefeita e atual vereadora em Registro, Sandra Kennedy.
No mesmo sábado, apenas no Estado de São Paulo, foram lançados 180 Comitês Populares. Já são quase 500 Comitês em todo o país.
O Lançamento dos Comitês Populares faz parte da agenda de luta contra a perseguição judicial ao presidente Lula, que apresenta inúmeras discrepâncias jurídicas, dentre as quais, se pode destacar, a não apresentação de provas para a denúncia, o que significa a inexistência de crime, bem como a irregularidade do Foro de julgamento. Segundo o professor da Unicamp, Luiz Gonzaga Beluzzo,
Defender o direito de Lula a ter um julgamento justo Lula não é coisa de petista, nem de "esquerdista". Defender Lula é atitude de gente sensata, gente que sabe que o que está em jogo não é corrupção. O que está em jogo é a falência do sistema judiciário brasileiro que se tornou partidário e tão ou mais corrupto que o sistema político. O crime de Lula foi gerar ódio nessa elite que jamais aceitou que um torneiro mecânico, operário, nordestino e sem diploma tenha se tornado respeitado mundialmente, uma espécie de Nelson Mandela brasileiro, só que no combate à fome.
Os comitês denunciam a parcialidade e perseguição do Juiz Sérgio Moro, que em conluio com a mídia dominante, busca condenar o ex-presidente para evitar sua participação nas eleições de 2018 e reapresentar um projeto popular que enfrente os inúmeros retrocessos do golpista Michel Temer.
O povo brasileiro tem demonstrado que, em nenhuma hipótese, aceitará a condenação de Lula. O Comitê em Defesa da Democracia e do Direito de Lula ser candidato é um grito de guerra para as classes dominantes.